sábado, setembro 10, 2011

Diplomacias e Ingerências


Mal sabia eu ao escrever no “Diário Insular” (DI) de 10.05.2008 que um seu Jornalista estaria novamente hoje a ilustrar alguns dos mais mediáticos sítios da nooesfera informativa e política…

– Porém, digo somente alguns, apesar desta retomada distinção muito mais e acrescida ponderação justificar sobre os respectivos conteúdos, significados e alcances!

Ora, na discutida rede WikiLeaks e seus mirrors acaba de ser vertido um Relatório – algo duvidoso na datação (30.01.2009) mas assinado pela então Vice-cônsul dos EUA nos Açores – aonde, visando-se o DI e o mesmo Jornalista, entre outros relevantes factos e dados geoestratégicos, diplomáticos, logísticos, laborais, económicos e deonto-lógicos, é feita uma interpretação do tema da Contaminação do Solo e Recursos Hídricos na Praia da Vitória.

– Todavia, se e quanto a isso parecem agora finalmente reunidos instrumentos político-jurídicos (executivos e parlamentares) potencialmente capazes para a viabilização de uma “ampla avaliação técnica do estado ambiental” das zonas poluídas e dos locais “presumivelmente contaminados por parte das entidades norte-americanas”, após concluído o pendente “processo de descontaminação e reabilitação” – conforme firme Resolução (Proposta do PS), aprovada pela ALRAA em 19.05.2011 e publicada no DR (1.ª série-N.º114-15.06.2011) –, já uma análise atenta das outras partes do dito documento (sobre “A presença militar dos Estados Unidos nos Açores”) poderá e deverá certamente vir a ser exercida pelo que revela, comprova ou desmente.

E isto para não acentuarmos já algumas das distorcidas leituras da realidade regional, das relações bilaterais e das negociações entre os nossos Países, que são ali urdidas contra a melhor e trustful tradição da grande Nação nossa amiga e aliada, à revelia da proclamada nova diplomacia de Solidariedade e rule of Law (que deve fundamentar a única filosofia e prática do Direito e das Relações Internacionais moralmen-te legítimas e soberanamente exigíveis), desde os mais credenciados departamentos dos Estados e das Regiões até ao nível dos pretensamente elucidativos cables de funcionários ou snipers menores (decalcados dos modelos e armas de ingerência das velhas agências consulares coloniais ou terceiro-mundistas, com ou sem real intelligence…).

EDUARDO FERRAZ DA ROSA
-------
In "Diário dos Açores" (11.09.2011); "Diário Insular" (09.09.2011) e "Azores Digital".