Instituto da Democracia Portuguesa
apresenta Teses para o Plano C
O Instituto da Democracia Portuguesa (IDP) – instituição fundada em 2007 e que se afirma como organização
da sociedade civil congregando pessoas independentes e cidadãos com filiação em
partidos de todo o espectro político – acaba de apresentar uma nova
obra onde estão reunidos Estudos e Ensaios críticos sobre a situação presente e
as perspectivas de transformação da sociedade portuguesa.
Dos actuais órgãos directivos e
conselhos consultivos do IDP (http://www.democraciaportuguesa.org/)
fazem parte, entre outros, D. Duarte de Bragança, Fernando Nobre, Mendo Castro
Henriques, Rui Moreira, José Alarcão Troni, Rainer Daenhardt, Carvalho Rodrigues,
Ascenso Simões, Luís Salgado de Matos, Rui Rangel, Francisco Cunha Rego, Eduardo
Ferraz da Rosa, Gonçalo Ribeiro Telles e o general Garcia Leandro.
Na apresentação do livro, editado
pela Bertrand e intitulado Plano C – o
Combate da Cidadania, O IDP manifesta não ter “pretensão de inventar
conceitos, mas sim de os combinar numa narrativa diferente, numa demonstração
apaixonada de que existem alternativas às políticas públicas que têm vindo a
empobrecer o país”, elencando no seu manifesto editorial as seguintes ideias e
ideais:
– “Combate da Cidadania, porque
está em causa a sobrevivência dos portugueses numa Europa ainda sem rumo e numa
Lusofonia ainda sem ritmo. Cidadania, porque ainda vamos a tempo de salvar
Portugal das oligarquias que o ameaçam.
“Plano A é o da Troika, o notório
Memorando do Nosso (Des)entendimento. Não queremos a nossa democracia troikada por políticos sem preparação. Planos
B há vários, dos actuais programas partidários. São todos muito parecidos. Têm
coisas boas e coisas más. Separados são insuficientes. Juntos são inexequíveis.
“PLANO C, finalmente, é o de
todos nós, da cidadania, da sociedade civil, das associações mediadoras entre o
indivíduo e o Estado. Um plano feito de alternativas concretas, propostas por
quem conhece o país, o seu território e população, a sua história e cultura, as
suas potencialidades, sonhos e empreendimentos”.
No Prefácio desta obra – que
contém um breve capítulo sobre os Açores, da autoria de Eduardo Ferraz da Rosa
–, D. Duarte de Bragança traça assim as grandes linhas orientadoras da reflexão
do IDP:
– “A
democracia é o regime da liberdade, pelo que é, também, o regime da
responsabilidade (…). O futuro do nosso país não se esgota com as tarefas de um
grupo de ‘políticos’ tradicionais, mas desligados da consciência colectiva. O
discernimento e a intervenção, pelo contrário, são uma responsabilidade de
todos.
“Esta acção
concertada dos portugueses neste momento de crise nacional e europeia tem de
firmar-se em ideias muito firmes e muito claras, sob pena de os seus objectivos
serem corrompidos e desviados pelos interesses instalados. Sabemos como (…) o
acessório tantas vezes se sobrepõe ao essencial, o espectáculo à inteligência,
a celebridade ao mérito, a imagem à eficácia, a aparência à produtividade. E
com uma comunicação social que perdeu muito do seu poder de
vigilância e testemunho, sentimo-nos perdidos, perdidos nas ideias que nos
devem guiar nos caminhos da democracia portuguesa, afastados dos ideais
que orientaram a nossa História e das pessoas às quais esses caminhos vão dar.
Para intervirmos no nosso país, na Europa e no Mundo, precisamos afirmar os
princípios que nos identificam.
“Esses
princípios, para quem milita no IDP, nascem da cidadania, da sociedade civil,
que hoje é urgente esclarecer, promover e divulgar”.
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Em Azores Digital:
http://www.azoresdigital.com/ler.php?id=17581
e Jornal "Diário
dos Açores" (Ponta Delgada, 22.11.2012).