REENCONTROS
com a História
No dia em que escrevo este texto
– 11 de Abril – comemora-se o 50º. Aniversário da ocorrência, praticamente
simultânea, de três acontecimentos cujos significados e alcances socio-históricos,
culturais e espirituais se revestem de grande relevo e são, por isso,
merecedores de uma evocação reflexiva
entre nós, por muito sucinta que a mesma seja feita aqui e hoje apenas nestas páginas
de jornal:
– Refiro-me à publicação da
Carta-Encíclica Pacem in Terris (do Papa
João XXIII, falecido dois meses depois);
- à realização da II Semana de Estudos dos Açores,
- à realização da II Semana de Estudos dos Açores,
- e ao início
do Movimento dos Cursos de Cristandade
nos Açores, factos sequenciais, estreitamente interligados e quase
temporalmente coincidentes (entre Abril e Setembro de 1963), conforme noutra
ocasião já tive oportunidade de abordar desenvolvidamente e a cuja memória mais
tarde voltarei.
Então, na dinâmica envolvência do
Concílio Vaticano II;
- na evolutiva
e progressiva tomada de consciência dos Açores como realidade regional una e em
busca de um almejado Desenvolvimento integral (estrutural, económico, social,
cultural, político, educativo e intelectual),
- e, enfim, naqueles
tempos de efervescências mundiais e civilizacionais, e de novos desafios religiosos,
ideológico-políticos, socio-institucionais e espirituais, tudo eram (e foram!) novos
e pioneiros sinais dos tempos e busca
de alternativos tempos novos, numa
dimensão talvez nem sempre agora (imerecidamente) conhecida e avaliável, quando
não até conveniente e tacitamente esquecida…
– E todavia, desde esse (ainda
nosso) meio século passado até à nossa contemporaneidade (que é também parte
dele ainda…) – apesar da contínua mudança dos tempos, das vontades, das
gerações, das realidades da Cidade e das configurações mentais, discursivas e
axiológicas dos Homens e Mulheres dos Açores, do País e do Mundo –, muitos são
os problemas, carências, atrasos, desânimos e falhanços de que identicamente
padecemos (e somos!) nos dias que correm, parecendo antes, ou sempre
ciclicamente, amiúde condenados aos mesmos, opressores e injustos valores e padrões de vida, como se nada
tivéssemos aprendido com a História, ou falhado, sem Esperança nem Coragem, o
encontro com ela e connosco mesmos!
11 de Abril de 2013
11 de Abril de 2013
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Publicado em RTP-Açores:
Azores Digital:
“Diário Insular” (Angra do
Heroísmo, 13.04.2013),
e “Diário dos Açores”
(14.04.2013).