quinta-feira, setembro 05, 2013

Açorianos José Enes e Daniel de Sá
evocados na Revista “Nova Águia”




A Revista “Nova Águia”, publicada em Lisboa pelas Edições Zéfiro, irá evocar nos seus próximos números doze (a lançar dentro de um mês) e treze (a sair no início de 2014) a vida e obra dos açorianos José Enes e Daniel de Sá, com textos dos ensaístas e investigadores Miguel Real e Eduardo Ferraz da Rosa.

A “Nova Águia” – Revista de Cultura para o Século XXI, actualmente dirigida por Renato Epifânio, Miguel Real e Luísa Janeirinho, é uma publicação que retoma o ideário do chamado Movimento da Renascença Portuguesa  (que integrou e foi liderado, entre outros grandes vultos poéticos e intelectuais portugueses do Século XX, por Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, António Carneiro, António Sérgio, Fernando Pessoa, Leonardo Coimbra e Agostinho da Silva).

Órgão do Movimento Internacional Lusófono (MIL), a “Nova Águia” (http://novaaguia.blogspot.pt/), conforme consta no seu Site e respectivo Índice divulgado, dedicará esta próxima edição (nº. 12) especialmente, com mais de uma dezena de ensaios temáticos e outra documentação inédita, ao pensador, escritor e filósofo português António Quadros (1923-1993), cujo vigésimo aniversário da morte decorre este ano e que é ali considerado como o “rosto mais visível da filosofia portuguesa”.

– Licenciado em Histórico-Filosóficas, António Quadros fundou o Instituto de Arte, Decoração e Design (IADE), foi director das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Gulbenkian e dirigiu as revistas de cultura Acto,  57 e Espiral. Autor de vasta obra histórico-literária, filosófica, estética, crítica e ficcionista, tendo pertencido ao Grupo da Filosofia Portuguesa entre outros, com Álvaro Ribeiro, José Marinho, Afonso Botelho e Cunha Leão), foi tradutor de Camus, Maurois, Cocteau e Duhamel, correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Filosofia, e membro da INSEA (International Society for Education Through Art), órgão consultivo da UNESCO, da qual foi delegado em Portugal até 1981.

Todavia e a par do autor de O Movimento do Homem (1963) e Memórias das Origens, Saudades do Futuro (1992), relembrados são também nas suas mais de 250 páginas outros autores, significativas efemérides e obras culturais, filosóficas, poéticas e históricas: Silvestre Pinheiro Ferreira (bicentenário das Prelecções), Orlando Vitorino, Eduardo Abranches de Soveral, Kierkegaard, António José Saraiva, José Mattoso, Cesário Verde, Fernando Pessoa, Dalila Pereira da Costa, Heraldo Barbuy, Daniel de Sá e José Enes, que são abordados, entre muitos e diversos Colaboradores deste número da revista por Pinharanda Gomes, Afonso Rocha, José Gama, Rodrigo Sobral Cunha, Miguel Real, Samuel Dimas, António Braz Teixeira, Nuno Sotto Mayor Ferrão, José Lança-Coelho, António Telmo, Manuel Ferreira Patrício, Eduardo Ferraz da Rosa e Adriano Moreira (com um texto sobre “O Futuro de Portugal”).

– No que se refere a Daniel de Sá (1944-2013) e José Enes (1924-2013) as suas vidas e obras são assim e agora ali retomadas (e continuarão a ser depois sucessivamente evocadas) na “Nova Águia” por Eduardo Ferraz da Rosa (que escreve neste nº. 12 sobre Daniel de Sá e no nº. 13 sobre José Enes), e por Miguel Real, nesta edição já com o artigo “Arte e Moral: No Ano da Morte de José Enes”, onde é analisada a reflexão estética do filósofo açoriano de A Autonomia da Arte.

O lançamento deste nº. 12 da “Nova Águia” terá lugar dia 15 de Outubro próximo, no Palácio da Independência (Largo de S. Domingos) em Lisboa, sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP) e do Movimento Internacional Lusófono (http://movimentolusofono.wordpress.com/).
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Publicado em "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 06.09.2013):
http://www.diariodosacores.pt/:


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