terça-feira, novembro 25, 2014


Uma Relevante Audição
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A Audição Aberta proposta e convocada pelo PSD, CDS-PP, PPM e BE no sentido de ser ouvido o antigo secretário regional Fagundes Duarte, e que teve lugar no dia 21 de Novembro em Angra do Heroísmo, com presenças pessoais e participações directas ou através de vídeo-conferência, constituiu, a todos os níveis e pontos de vista, um acontecimento inédito e marcante nos Açores, tanto pelo processo que a gerou quanto pelo conteúdo dos relevantes temas que ali estavam (e permanecem!) em causa e que foram efectivamente discutidos e clarificados de modo adequado, proporcionado e até potenciador de esperados e subsequentes desenvolvimentos, alcances e consequências político-partidárias, institucionais e cívicas...


– Deixando para posterior ocasião uma análise detalhada de quanto ali ocorreu – e do qual não deixarão certamente de dar conta nos próximos dias os OCS e as Redes Sociais –, queremos apenas nesta ocasião salientar o especial significado:

1) Da persistência democrática e lisura com que o PSD (através em primeiro lugar do deputado António Ventura) sempre deu provas em todo este intrincado imbróglio, no que aliás foi devidamente acompanhado pelos restantes partidos da Oposição (com a lamentável e inadmissível excepção do PCP), que não hesitaram em criar uma frente susceptível de fomentar novos espaços de participação, discussão e intervenção públicas, gerando mecanismos criadores de maior transparência de meios e fins nos tantas vezes obscuros meandros da administração e da vida regional;

2) da coragem e firmeza de que deu mostras Luiz Fagundes Duarte, mantendo a palavra dada e fornecendo, com legitimidade ética e independência de vontade, toda uma série de elementos que, desde o princípio aliás, deveriam ter sido levados em conta no seio da própria comissão parlamentar que, em primeira instância, os pretendeu apurar, mas que, por mão discricionária do PS, inviabilizou tal desiderato; e

3) da corresponsabilização político-partidária e governamental que, ao mais alto nível, deve ser agora imposta por via da verdade dos factos que, finalmente, vieram à luz do dia, confirmando tudo o que deles fora sinalizado!


– Entretanto e após esta sessão, conforme divulgado no Portal Azores Digital, o PSD/Açores, pela voz de António Ventura lamentou “o secretismo inaceitável” que tem rodeado todo este processo, salientando mesmo que “esta audição trouxe preocupações, acrescidas a todas as dúvidas que já tínhamos sobre um processo que é, no mínimo, estranho. Temos que perceber o que é que se passa, que forças são essas e que secretismo é esse, que impedem o apuramento da verdade”.

E questionando ainda mais fundo, o parlamentar deixou por fim outras pertinentes perspectivas de grande alcance e que não deixarão certamente de merecer a devida atenção por parte de todas as instâncias políticas, jurídicas e (eventualmente até) judiciárias, ao declarar:


– “Temos um director regional que omite informação sobre supostas ilegalidades, um secretário regional que não conhece a informação, temos um ex-secretário regional que diz que o presidente do governo teve conhecimento dessa informação e ainda um vice-presidente do governo que não quis avançar com um inquérito sobre o actual director do Museu de Angra”, relembrando finalmente que estão em curso investigações, pelo Tribunal de Contas, “relativas às obras da nova Biblioteca de Angra, do Museu da Boa Nova e do Centro de Artes Arquipélago. Acções confirmadas pelo ex-secretário regional e cujas conclusões ainda não são conhecidas, o que só prova que há ainda mais a descobrir e que as suspeitas aumentam”...
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Em "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 25.11.2014):



sexta-feira, novembro 21, 2014


Uma Audição Aberta
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A Audição Aberta proposta e convocada pelo PSD, CDS-PP, PPM e BE no sentido de ser ouvido o antigo secretário regional Fagundes Duarte, e que teve lugar no dia 21 de Novembro em Angra do Heroísmo, com presenças pessoais e participações directas ou através de vídeo-conferência, constituiu, a todos os níveis e pontos de vista, um acontecimento inédito e marcante nos Açores, tanto pelo processo que a gerou quanto pelo conteúdo dos relevantes temas que estavam em causa e que foram efectivamente discutidos e clarificados de modo adequado, proporcionado e até potenciador de esperados e subsequentes desenvolvimentos, alcances e consequências político-partidárias, institucionais e cívicas...


– Deixando para posterior ocasião uma análise detalhada de quanto ali ocorreu – e do qual não deixarão certamente de dar conta nos próximos dias os OCS e as Redes Sociais –, queremos apenas nesta ocasião salientar o especial significado:


1) Da persistência democrática e lisura com que o PSD (através em primeiro lugar do deputado António Ventura) sempre deu provas em todo este intrincado imbróglio, no que aliás foi devidamente acompanhado pelos restantes partidos da Oposição (com a lamentável e inadmissível excepção do PCP), que não hesitaram em criar uma frente susceptível de fomentar novos espaços de participação, discussão e intervenção públicas, gerando mecanismos criadores de maior transparência de meios e fins nos tantas vezes obscuros meandros da administração e da vida regional;

2) da coragem e firmeza de que deu mostras Luiz Fagundes Duarte, mantendo a palavra dada e fornecendo, com legitimidade ética e independência de vontade, toda uma série de elementos que, desde o princípio aliás, deveriam ter sido levados em conta no seio da própria comissão parlamentar que, em primeira instância, os pretendeu apurar, mas que, por mão discricionária do PS, inviabilizou tal desiderato; e

3) da corresponsabilização político-partidária e governamental que, ao mais alto nível, deve ser agora imposta por via da verdade dos factos que, finalmente, vieram à luz do dia, confirmando tudo o que deles fora sinalizado!
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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 22.11.2014):






sábado, novembro 15, 2014


As Menoridades Políticas
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Na sequência de uma série de exibições confrangedoras – que deram “brado”, hilaridade e até tiveram o condão de gerar “muito respeito pelo sofrimento [e] eventualmente pelo desespero de todo o ser humano” (sic), na forma, conteúdo e gestão de causas e matérias sobre as quais, com improvisada sebenta na mão e dedinho ao alto (em “portantos” de evidente insegurança) se foi sentenciando... –, um novel secretário “socialista”, com tiques de cátedra e cara de caso (depois de passar atestados de menoridade aos seus antecessores na tutela que provisoriamente detém), resolveu por estes dias elencar consabidos e recorrentes “temas nobres” de Educação e Cultura, não se coibindo, ao final, de ajuizar que “a nossa sociedade, toda ela, e a nossa comunicação social, que, obviamente, brota dela, tem quase sempre preferência por questões bem menores, que não contribuem para a promoção de todos nós”.


E logo depois, resguardando-se, lá aquilatou que “entre essas questões está naturalmente a questão do Museu de Angra do Heroísmo”!



– Mas terá Avelino Meneses razão ao garantir não só a substancial menoridade efectiva dessa pendência, quanto a real e seriada insignificância que a mesma tem para a confiada sustentação e/ou inocentada recondução (mandada assumir depois da alegada cegueira?) de vários dos lugares-tenente da turma governamental com que Cordeiro e Ávila tem presenteado os Açores?




Porém, talvez que em breve o caso (sem falar nas demandas do Tribunal de Contas...) vá mudar de figura com a aguardada Audição Pública de Fagundes Duarte já prevista para a semana e convocada (face às arrenegas de parte do PS e suas eventuais e hipotecadas muletas) por uma meritória e ampla frente político-parlamentar regional (accionada com seriedade por António Ventura), e que se espera consiga apurar a verdade e alcance dos documentos, contornos e actos nos quais estão directa ou indirectamente implicados esconsos próceres e rasteiros protagonistas de um vasto e nebuloso imbróglio que nada tem de “menor”, a não ser no ínfimo grau de responsabilidade democrática e cívica, abjecta falta de ética política e corruptiva impunidade jurídico-administrativa e partidária onde alguns o querem arrumar!

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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 15.11.2014):



























Azores Digital:























RTP-Açores:
























e "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 16.11.2014):