sábado, setembro 13, 2014



A Dança das Danças

Merece leitura, reflexão e respeito a recente Entrevista que Mário Cabral (MC) concedeu ao jornal "Diário Insular" (DI) no passado dia 9 de Setembro.

– Seu amigo e vizinho em S. Mateus (onde, tal como na minha Praia, não se tolera que nos vomitem à porta ou conspurquem os barcos...), partilho com MC a fé e a inteligência da fé do Cristianismo e o gosto por Filosofia, Literatura, Teologia e Arte, apesar das diferentes formações e linhas de pensamento e acção; todavia, reconheço-lhe seriedade pessoal, integridade e nobreza de carácter, assumpção de crenças e ideias próprias, qualificação intelectual e méritos académicos e profissionais.



As lúcidas respostas de MC às pertinentes e incisivas perguntas do DI mostram íntegro entendimento da complexa e articulada conjugação das problemáticas ali em presença (situações e valores culturais, religiosos, civilizacionais, artísticos, simbólicos, museológicos, memoriais, patrimoniais e identitários), para além – evidentemente – de complementares questões cívicas, de ética social, responsabilidade institucional e de política e gestão públicas da Cultura e da Educação (escolar e de cidadania!).


Porém essa Entrevista, que em consequência mais deveria ter sacudido e despertado já, contra incríveis alheamentos político-parlamentares e governamentais que persistem, a reabertura e resolução imediatas do inadmissível protelamento do velho e pendente imbróglio jurídico-político que se arrasta há décadas sobre o Museu de Angra e a igreja de Nossa Senhora da Guia (conforme competentemente historiado e clarificado pelo Dr. Álvaro Monjardino, em 05.02.1994, num Parecer talvez (des)conhecido e/ou ainda recordado pela Administração Regional e pela Diocese)...


– Mas se muitos dos alheados cidadãos e medíocres agentes e actores partidários (medrando nesta indigente sociedade), a par de outros tantos cegos e néscios clérigos (que por aí pastoreiam rebanhos de fiéis abúlicos ou sonâmbulos (sem liderança nem pastores à altura), conscientemente pensassem e agissem mais, dançando menos na corda bamba dos seus larvares umbigos ou no varão das suas infecundas cobardias, talvez nunca tivéssemos chegado aos escândalos, afrontas, impunidades e impasses que a todos agora comprometem, revoltam e envergonham!
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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 13.09.2014):



























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