sábado, novembro 15, 2014


As Menoridades Políticas
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Na sequência de uma série de exibições confrangedoras – que deram “brado”, hilaridade e até tiveram o condão de gerar “muito respeito pelo sofrimento [e] eventualmente pelo desespero de todo o ser humano” (sic), na forma, conteúdo e gestão de causas e matérias sobre as quais, com improvisada sebenta na mão e dedinho ao alto (em “portantos” de evidente insegurança) se foi sentenciando... –, um novel secretário “socialista”, com tiques de cátedra e cara de caso (depois de passar atestados de menoridade aos seus antecessores na tutela que provisoriamente detém), resolveu por estes dias elencar consabidos e recorrentes “temas nobres” de Educação e Cultura, não se coibindo, ao final, de ajuizar que “a nossa sociedade, toda ela, e a nossa comunicação social, que, obviamente, brota dela, tem quase sempre preferência por questões bem menores, que não contribuem para a promoção de todos nós”.


E logo depois, resguardando-se, lá aquilatou que “entre essas questões está naturalmente a questão do Museu de Angra do Heroísmo”!



– Mas terá Avelino Meneses razão ao garantir não só a substancial menoridade efectiva dessa pendência, quanto a real e seriada insignificância que a mesma tem para a confiada sustentação e/ou inocentada recondução (mandada assumir depois da alegada cegueira?) de vários dos lugares-tenente da turma governamental com que Cordeiro e Ávila tem presenteado os Açores?




Porém, talvez que em breve o caso (sem falar nas demandas do Tribunal de Contas...) vá mudar de figura com a aguardada Audição Pública de Fagundes Duarte já prevista para a semana e convocada (face às arrenegas de parte do PS e suas eventuais e hipotecadas muletas) por uma meritória e ampla frente político-parlamentar regional (accionada com seriedade por António Ventura), e que se espera consiga apurar a verdade e alcance dos documentos, contornos e actos nos quais estão directa ou indirectamente implicados esconsos próceres e rasteiros protagonistas de um vasto e nebuloso imbróglio que nada tem de “menor”, a não ser no ínfimo grau de responsabilidade democrática e cívica, abjecta falta de ética política e corruptiva impunidade jurídico-administrativa e partidária onde alguns o querem arrumar!

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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 15.11.2014):



























Azores Digital:























RTP-Açores:
























e "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 16.11.2014):