sexta-feira, novembro 21, 2014


Uma Audição Aberta
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A Audição Aberta proposta e convocada pelo PSD, CDS-PP, PPM e BE no sentido de ser ouvido o antigo secretário regional Fagundes Duarte, e que teve lugar no dia 21 de Novembro em Angra do Heroísmo, com presenças pessoais e participações directas ou através de vídeo-conferência, constituiu, a todos os níveis e pontos de vista, um acontecimento inédito e marcante nos Açores, tanto pelo processo que a gerou quanto pelo conteúdo dos relevantes temas que estavam em causa e que foram efectivamente discutidos e clarificados de modo adequado, proporcionado e até potenciador de esperados e subsequentes desenvolvimentos, alcances e consequências político-partidárias, institucionais e cívicas...


– Deixando para posterior ocasião uma análise detalhada de quanto ali ocorreu – e do qual não deixarão certamente de dar conta nos próximos dias os OCS e as Redes Sociais –, queremos apenas nesta ocasião salientar o especial significado:


1) Da persistência democrática e lisura com que o PSD (através em primeiro lugar do deputado António Ventura) sempre deu provas em todo este intrincado imbróglio, no que aliás foi devidamente acompanhado pelos restantes partidos da Oposição (com a lamentável e inadmissível excepção do PCP), que não hesitaram em criar uma frente susceptível de fomentar novos espaços de participação, discussão e intervenção públicas, gerando mecanismos criadores de maior transparência de meios e fins nos tantas vezes obscuros meandros da administração e da vida regional;

2) da coragem e firmeza de que deu mostras Luiz Fagundes Duarte, mantendo a palavra dada e fornecendo, com legitimidade ética e independência de vontade, toda uma série de elementos que, desde o princípio aliás, deveriam ter sido levados em conta no seio da própria comissão parlamentar que, em primeira instância, os pretendeu apurar, mas que, por mão discricionária do PS, inviabilizou tal desiderato; e

3) da corresponsabilização político-partidária e governamental que, ao mais alto nível, deve ser agora imposta por via da verdade dos factos que, finalmente, vieram à luz do dia, confirmando tudo o que deles fora sinalizado!
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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 22.11.2014):