sábado, janeiro 31, 2015


Os Cuidados da Ordem
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Entre muita literatura especializada, multidisciplinar e conhecida (tratados, teses, artigos, ensaios académicos, guidelines técnico-científicas etc.), numa obra publicada pelo Ministério da Saúde (Cuidados Intensivos: Recomendações para o seu desenvolvimento, Lisboa, 2003), logo de início vem acentuado que nos últimos anos se assistiu ao “aparecimento e desenvolvimento de uma das áreas mais marcantes” da Medicina, fruto de um “excepcional desenvolvimento (...) não só na área da fisiopatologia e terapêutica, mas também das tecnologias utilizadas”...


– E sendo que aquela área “diferenciada e multidisciplinar” (isto é, a Medicina Intensiva) – abordando especificamente a prevenção, diagnóstico e tratamento de doentes em “condições fisiopatológicas que ameaçam ou apresentam falência de uma ou mais funções vitais, mas que são potencialmente reversíveis” – tem a mesma como objectivo principal suportar e recuperá-las, de molde a “criar condições para tratar a doença subjacente e (...) proporcionar oportunidades para uma vida futura com qualidade” (para tal havendo necessidade de “concentrar competências, saberes e tecnologias em áreas dotadas de modelos organizacionais e metodologias que as tornem capazes de cumprir aqueles objectivos”). 



Ora no Hospital de Angra do Heroísmo, actual Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), ao longo de vários anos – e fundamentalmente por mérito pessoal e sob a competente e esforçada liderança do reformado e saudoso Dr. João Leal e da sua formada equipa de Enfermeiros –, também foi pensada, estruturada, equipada e operacionalizada, praticamente de raiz, uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), cuja integral excelência médica, clínica e social foi sempre reconhecida a todos os níveis e em todos os Serviços internos daquele Hospital açoriano (e bem assim ainda externa e institucionalmente, desde entidades político-governamentais regionais e nacionais até ao Vaticano...).


Acontece porém que a Ordem dos Médicos (OM), através do seu CRS (Conselho Regional do Sul) – porque certamente (?) terá monitorizado todas as valências e pendências da actual dita UCI (e também o contraditório das mesmas?), chegou-se no passado dia 26 à mesa das operações em curso jurídico (condicionando-as objectivamente?) para garantir que tudo por ali decorre segundo “as técnicas mais avançadas desta especialidade e funciona neste momento (sic) com a tranquilidade desejável e o empenho total da equipa médica”, sublinhando até, um pouco sibilinamente, que há uma “crescente adaptação a novos métodos” (sic) e – veja-se lá... – mais informando e garantindo que os pacientes tratados na UCI do HSEIT “não correm quaisquer riscos relacionados com má prática, falta de empenho ou má organização e que a Medicina evolui à velocidade própria (sic) dos nossos tempos (sic) e que essa nova Medicina (sic) favorece os doentes”!


– Todavia agora, nestes infaustos últimos novos tempos (e “métodos”!?), essa notável herança e a sua imagem tem vindo a ser contaminadas por uma série de ocorrências que não revelam sanidade nem a ninguém prestigiam, como se tem visto na entubada série de imbróglios, contágios e meandros que a devido prazo e modo foram sendo denunciados, vieram a público nos OCS e presentemente estão mesmo sob a devida alçada do Ministério Público!



– O que se pergunta, apenas por hoje – para além da assumida solidez, da sistematicidade segura e crítica das garantias (corporativa e unilateralmente?) dadas, e da aparentemente arrogada e extemporânea invasão dadivosa (e potencialmente condicionante?!) do campo ainda em aberto na Justiça –, é qual será o alvo material e/ou técnico-médico, ultrapassado por defeito (?), pela veloz “nova Medicina” a que agora se refere a célere sentença deste CRS da respeitável Ordem dos Médicos...

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Em "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 03.02.2015). Versão final:



























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Primeira edição em Azores Digital:
http://www.azoresdigital.com/colunistas/ver.php?id=2821:
























RTP-Açores:


























Outra versão em "Diário Insular" 
(Angra do Heroísmo, 31.01.2015):


sábado, janeiro 24, 2015


Pólvora e Areias da Praia
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A Base das Lajes continua a constituir notícia e motivo de comentários díspares, a par de debates confusos, infundados, insólitos ou tendenciosos (quando não irresponsáveis e patéticos), num cenário que é ainda mais aflitivo pelo grau de desinformação ou manipulação e pelo carácter leviano com que todo este complexo e sensível problema tem sido tratado. 

Entretanto, no meio desta dramática situação, acumulam-se sinais de precipitados e imaturos posicionamentos institucionais atingindo já raias de imprudente e demagógica figura e fácil peroração anti-governamental e anti-yanquee (esta, entretanto já varrida pela PSP, dando cartaz aos pré-anunciados “enfoques” radicais da autarquia praiense?), cujo alcance prático é nulo mas cujos danos soberanos e autonómicos em racionalidade estratégica e lucidez sociopolítica podem ser relevantes e fatais!



– Todavia merecem aqui elogio proporcionado, pelo impacto no espaço público e respectivos conteúdos, a Entrevista de Carlos César e o documento da Câmara de Angra, até pelo silenciamento a que foram sujeitos...



Porém agora cá temos um efabulado “Plano de Revitalização Económica”, em parte repetindo coisas, contas e lajes, miragens nominalistas e ideias peregrinas de programas já conhecidos e intenções e governanças falhadas antes, a par de miméticos itens colhidos aos molhos em nuvens, guidelines e sebentas on-line, literatura e economias de papel, exercícios contabilísticos de mais-valias virtuais, paleio de jogos de gestão, empreendorismos e retóricas de sustentabilidade abstrusa ou lunática (tantos deles advindos de quem por aí prega apenas adornado de falências em série, alheamentos de reflexão e negligências técnico-políticas, com incompetências, compadrios e jogatinas financeiras e empresariais patrocinadas e reincidentemente cúmplices, desde há décadas)!



– É claro que não se chegou ainda ao ultraje antigo da “refinaria” brasiliense, mas não nos faltam novos forjadores de pólvora seca e refinadas areias, que oxalá não sejam para atirar aos olhos e ouvidos da Praia e do País inteiro, ou interesseira e somente para provento próprio, como sempre içando scapegoats em culpas que foram principalmente suas, conquanto também nossas porque neles um dia confiámos!


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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 24.01.2015),





























Azores Digital:






















e "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 25.01.2015):

terça-feira, janeiro 20, 2015



Regressões e Retóricas Radicais
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1. Precisamente há dois anos – quando Vasco Cordeiro recebeu um “Relatório”, o famoso e patético relambório (1) da Praia da Vitória (aqui analisado em 30.01.2013) sobre as colisões da presença americana na Base das Lajes, – e quando na altura ouvimos ser afiançado, quase afrontosamente para os pequenos (dos) Açores, pela melíflua e soberana autoridade político-militar e diplomática nacional do ministro Aguiar Branco, que as relações Portugal-EUA (como se isso fosse novidade táctica ou estratégia actual de Lisboa…) iam muito para além dos doirados “peanuts” do Campo das Lajes –, publiquei também aqui (2) (13.01.2013) uma Crónica (“As Lajes em Fogos de Alto”) onde eram feitas ponderações sobre uma Nota-Esclarecimento oficial (3) do Governo Regional dos Açores (GRA) na qual eram desmentidas e corrigidas afirmações do presidente da autarquia praiense, – entendendo aí formalmente o GRA ser “útil e necessário esclarecer”, por ser falso e contrário ao referido pelo autarca local, que um (na altura muito apregoado) “interesse” de empresários pela Terceira resultasse “do trabalho desenvolvido” pelo chefe do executivo regional nos USA, onde fizera contactos “no sentido de encontrar soluções” que minimizassem “o impacto da redução militar” na Base das Lajes.




 – E depois, porque aquele edil alegara que tal informação lhe fora “transmitida pelo próprio presidente”, logo o gabinete de Cordeiro viria acentuar, em relação à vinda dos tais empresários, ser a dita “uma iniciativa do Governo dos EUA, promovida pela [sua] Embaixada (...) em conjugação com o Comando Europeu há já algum tempo”, mais precisando-se que o respectivo programa e actividades tinham sido trabalhados entre as autoridades americanas e o GRA, sendo através deste que fora “promovida a participação das entidades representativas dos empresários da Ilha Terceira e o Município da Praia da Vitória”!


 De resto este paradigmático episódio, simultaneamente recordatório e premonitório de muita História regional e nacional, merece ser recordado agora, quando a Praia da Vitória e a sua actual gestão político-partidária aparecem totalmente vulneráveis, decisoriamente impotentes, descredibilizadas, quase sem nenhuma miragem de salvaguarda ou saída “sustentável”, e completamente à margem do que lhe diz respeito (dir-se-ia direito ao respeito!), como ficou sobejamente demonstrado com o chamado (e escamoteado...) “Plano de revitalização” da Terceira, para além de umas esparsas e ridículas bravatas mediáticas e outras retóricas “radicais” sem consistência...



2. Ora enquanto tudo isto acontece, por unanimidade, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (4) acaba (16.01.2015) de chegar-se (liderante?) à frente da batalha terceirense, tomando uma inédita posição reivindicativa a nível regional, nacional e internacional, mas sem sequer nomear significativamente os Praienses e – em termos institucionais, económico-sociais, laborais, populacionais e políticos! – a triste, inócua e destroçada Praia da Vitória, os seus órgãos autárquicos (mal ou bem ainda formalmente representativos) e todo aquele Concelho, – áreas geográficas e populacionais afinal as mais imediatamente próximas da Base e as mais atingidas pelos impactos previstos, desde há muito previsíveis e presentemente já consumados.

– Porém é neste contexto, e já após a divulgação do pronunciamento e frontal “Deliberação” angrense sobre a redução dos efectivos na Base das Lajes, que nos chegam ecos das primeiras reacções (reservadas e cabisbaixas...) ao documento da autarquia presidida por Álamo Meneses (PS), nomeadamente no que decorre dos seguintes pontos e passagens relevantes:

“ A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo delibera: “1 – Repudiar veementemente a forma e o conteúdo da decisão unilateral do Governo dos Estados Unidos da América, por esta: “a) Prejudicar de forma desproporcionada o Município de Angra do Heroísmo, onde residem muitos dos 500 trabalhadores que serão despedidos e onde tem sede a maioria dos agentes económicos direta e indiretamente afetados pela decisão; (...) d) Ignorar e desconsiderar os fortes impactos que da mesma resultam para os açorianos, mas muito em particular para os terceirenses, considerada a redução expectável de 10% na economia da ilha Terceira (...); “2 – Exigir ao Governo dos Açores e ao Governo da República a colocação imediata ao serviço dos terceirenses de todos os recursos necessários à proporcional compensação dos efeitos emergentes da decisão norte-americana, (...), no âmbito de um plano de revitalização económica para a ilha Terceira (...); “3 – Exigir a imediata reavaliação da presença norte-americana nas Lajes, elaborando um estudo que de forma transparente permita contabilizar as vantagens e desvantagens dessa presença, da concessão de facilidades a outros Estados ou organizações internacionais e a determinação de usos alternativos para aquela infra-estrutura (...); “5 – Exigir aos norte-americanos que procedam aos trabalhos de integral remoção do passivo ambiental resultante da sua presença na Base das Lajes, nomeadamente a descontaminação dos solos e aquíferos da Praia da Vitória, de forma a garantir a qualidade ambiental pela qual os Açores são conhecidos e gerar emprego, nomeadamente na área da construção civil; (...) “7 – Exigir ao Governo da República que os edifícios integrados na Base das Lajes que serão devolvidos às autoridades portuguesas, (...) sejam imediata e integralmente entregues ao Governo dos Açores para que possam ser colocados ao serviço do desenvolvimento económico da ilha Terceira”...


 3. Agora, para além do mais, perante o tal enevoado (e talvez regionalmente bem controverso...) “Plano de revitalização” da Terceira; face ao Documento angrense, e diante daquilo que ambos podem traduzir e veicular, o que se aguarda é uma tomada de posição da Praia da Vitória, apesar das cada vez mais isoladas e bloqueadas posições político-partidárias internas e regionais (ou devido a elas...) em que Roberto Monteiro se deixou cair, compelindo a “sua” Câmara, o GRA e o próprio PS!


 Todavia, exemplar e realmente radicais (isso sim, e possivelmente justificadas em toda a linha), seriam atitudes que chegassem à demissão inteira do executivo camarário na Praia, corajosa e simbólica atitude esta, no entanto, que não se vislumbra ao alcance das estaturas e estruturas (profundamente divididas e endividadas...) dos agentes e actores em causa e cena no Ramo Grande e na Terceira, até porque, messianicamente à socapa, vão-se já alinhando à mesa o pires e a chávena para o acre chazinho da sucessão...

– Mas para cúmulo deste descalabro sistémico, com fogos de alto histórica e ciclicamente recaindo sobre o nosso País e suas vergonhosas imundices e incríveis sub-mundices institucionais e diplomáticas, só nos faltava a retórica arrogante, sibilinamente imperial, da afrontosa Entrevista do embaixador yanquee em Lisboa (5), como se Portugal estivesse rastejante – pedinte, apenas (des)armado de arco e flecha ou de testa no chão... – no Far West, no Mid-East ou colonialmente regredido ao estádio de tribo e povo berbere, quando não de Estado pária ou falhado, em plena Europa e no coração do Atlântico.


– Em todo o caso, o mal (a origem e a derivação) de tudo isto vem de há décadas, remontando às permanentes contingências e vicissitudes histórico-políticas, mentais e culturais que sofremos com maior gravidade relativa e com oscilantes (ir)responsabilidades (6) desde meados do Século XX até hoje (desde os tácticos ajustes possíveis das chancelarias de Salazar e Marcello até aos consabidos tropeções de Machete & Cia), pese embora não poderem aquelas servir de desculpa ou lenitivo contemporâneo para a menoridade culpável, a preguiça de pensar, a incoerência no agir e a completa vacuidade e desorientação das actuais “elites” (ou melhor, dos seus próceres institucionais, representantes de aluguer “ad hoc”, agentes delegados dos poderes e quejandos actores de substituição e soberania inferior!), como se tornou a comprovar à evidência durante a regional semana passada, nos respectivos, dramaticamente mediatizados e confrangedores fandangos nativos...
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 (3) Cf. em:
 (4) Texto integral aqui: http://www.cmah.pt/artigos/ver.php?id=1313.
(6) Neste âmbito crítico situe-se, para extensão singular, a Entrevista de Vasco Cordeiro à RTP, aqui:

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Em "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 20.01.2015):



























RTP-Açores:
http://tv2.rtp.pt/acores/index.php?article=38947&visual=9&layout=17&tm=41:

























sábado, janeiro 17, 2015


As Lideranças Radicais

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Há 2 anos (quando Vasco Cordeiro recebeu o “Relatório” da Praia da Vitória sobre as colisões da presença americana nas Lajes, e quando ouvimos, pela soberana voz do então ministro Branco, que as relações Portugal-USA iam muito para além dos doirados “peanuts” do Campo das Lajes), publiquei aqui (*) uma Crónica (“As Lajes em Fogos de Alto”) onde eram feitas ponderações sobre uma Nota Oficial do Governo Regional na qual foram desmentidas e corrigidas afirmações do presidente da autarquia praiense, – entendendo aí o GRA ser “útil e necessário esclarecer”, por falso e contrário ao referido pelo autarca, que um, na altura apregoado, “interesse” de empresários americanos pela Terceira resultasse “do trabalho desenvolvido” pelo chefe do executivo nos Estados Unidos (onde fizera contactos “no sentido de encontrar soluções” que minimizassem “o impacto da redução” na Base)...


 E depois, porque aquele edil ainda alegara que tal informação lhe fora “transmitida pelo próprio presidente do Governo”, logo o gabinete de Cordeiro veio acentuar, em relação à citada vinda dos tais empresários, ser a dita “uma iniciativa do Governo dos EUA, promovida pela [sua] Embaixada (...) em conjugação com o Comando Europeu há já algum tempo”, mais precisando que o respectivo programa e actividades tinham sido trabalhados entre as autoridades americanas e o Governo dos Açores, sendo através deste que fora “promovida a participação das entidades representativas dos empresários da Ilha Terceira e o Município da Praia da Vitória”!



 – Ora este paradigmático episódio, simultaneamente recordatório e premonitório de muita história regional e nacional, merece ser recordado agora, quando a Praia e a sua actual gestão político-partidária aparecem totalmente vulneráveis, decisoriamente impotentes, descredibilizadas, quase sem nenhuma miragem de salvaguarda ou saída “sustentável”, e completamente à margem do que lhe diz respeito (dir-se-ia direito ao respeito!), para além de ridículas bravatas e retóricas “radicais” sem consistência...


E hoje mesmo (16.01.2015), por unanimidade, a Câmara de Angra do Heroísmo (**) acaba de chegar-se (liderante?) à frente da batalha terceirense, sem sequer nomear a triste, inócua e destroçada Praia e os Praienses!

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(**) Ler aqui: http://www.cmah.pt/artigos/ver.php?id=1313

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Em “Diário Insular” (Angra do Heroísmo” (17.01.2015):



























RTP-Açores:

























Azores Digital:




sábado, janeiro 10, 2015


Recorrências da História
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Nas suas reflexões sobre a História e o Conhecimento Histórico, e naquilo que nele desempenha um papel crítico fundamental na formulação da sua própria filosofia, Giambattista Vico (1668 - 1744) desenvolveu toda uma teoria baseada nos conceitos de “corsi e ricorsi”, categorias usadas para tentar explicar a sucessão ou o percurso recorrente das três fases ou estádios pelos quais as Civilizações passariam, conquanto não exactamente de modo cíclico, antes como que em espiral (e em todo o caso sempre de modo não linear nem positivisticamente teleológico), propondo assim o pensador napolitano um modelo de interpretação dos movimentos e processos históricos, jurídicos, filológicos, simbólicos e poéticos que teria influência em diferentes filósofos, historiadores, romancistas e sociólogos posteriores (v.g. Condorcet, Marx, Nietzsche, Comte, Benjamin, Voegelin, Ricoeur e MacIntyre).


 – Mas vem isto mais a propósito dos dramáticos acontecimentos que marcaram o nosso quotidiano nos últimos dias e horas, e que não podem deixar de fazer-nos pensar mais profundamente sobre tudo aquilo que parece assomar de novo como factores dinâmicos, elementos ideológicos e valores práticos (des)estruturantes das Sociedades e Estados, desde os actualíssimos fenómenos do Terrorismo à escala global (agora mais sensivelmente próximos e agudizados devido aos criminosos atentados em França!) até aos tão mediatizados desplantes eborenses nacionais (perante o Direito e a Justiça...) e aos compreensíveis e justificados alarmes regionais (comprovação aliás do já esperado!), face aos desfechos na Base das Lajes.


 Ora – independentemente de aos outros assuntos voltarmos –, mas perante as já conhecidas e primeiras reacções institucionais portuguesas ao anúncio das reduções de efectivos nas Lajes, que se mais se poderá acrescentar hoje (a não ser um triste meneio de cabeça...) ao que tanto foi aqui dito e redito ao longo dos últimos anos (pelos menos desde 1994...), perante as inteligências e competências moucas, incríveis inércias e faltas de credibilidade política, partidária e técnica de todas as partes envolvidas neste histórica e recorrentemente falhado encontro com o destino de Portugal e com a realidade nua e crua do mundo contemporâneo!?
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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 10.01.2015):



























Azores Digital:























e RTP-Açores: