sábado, janeiro 24, 2015


Pólvora e Areias da Praia
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A Base das Lajes continua a constituir notícia e motivo de comentários díspares, a par de debates confusos, infundados, insólitos ou tendenciosos (quando não irresponsáveis e patéticos), num cenário que é ainda mais aflitivo pelo grau de desinformação ou manipulação e pelo carácter leviano com que todo este complexo e sensível problema tem sido tratado. 

Entretanto, no meio desta dramática situação, acumulam-se sinais de precipitados e imaturos posicionamentos institucionais atingindo já raias de imprudente e demagógica figura e fácil peroração anti-governamental e anti-yanquee (esta, entretanto já varrida pela PSP, dando cartaz aos pré-anunciados “enfoques” radicais da autarquia praiense?), cujo alcance prático é nulo mas cujos danos soberanos e autonómicos em racionalidade estratégica e lucidez sociopolítica podem ser relevantes e fatais!



– Todavia merecem aqui elogio proporcionado, pelo impacto no espaço público e respectivos conteúdos, a Entrevista de Carlos César e o documento da Câmara de Angra, até pelo silenciamento a que foram sujeitos...



Porém agora cá temos um efabulado “Plano de Revitalização Económica”, em parte repetindo coisas, contas e lajes, miragens nominalistas e ideias peregrinas de programas já conhecidos e intenções e governanças falhadas antes, a par de miméticos itens colhidos aos molhos em nuvens, guidelines e sebentas on-line, literatura e economias de papel, exercícios contabilísticos de mais-valias virtuais, paleio de jogos de gestão, empreendorismos e retóricas de sustentabilidade abstrusa ou lunática (tantos deles advindos de quem por aí prega apenas adornado de falências em série, alheamentos de reflexão e negligências técnico-políticas, com incompetências, compadrios e jogatinas financeiras e empresariais patrocinadas e reincidentemente cúmplices, desde há décadas)!



– É claro que não se chegou ainda ao ultraje antigo da “refinaria” brasiliense, mas não nos faltam novos forjadores de pólvora seca e refinadas areias, que oxalá não sejam para atirar aos olhos e ouvidos da Praia e do País inteiro, ou interesseira e somente para provento próprio, como sempre içando scapegoats em culpas que foram principalmente suas, conquanto também nossas porque neles um dia confiámos!


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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 24.01.2015),





























Azores Digital:






















e "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 25.01.2015):