sábado, junho 13, 2015


Diplomacia e Bom-senso
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O discurso proferido no 10 de Junho pelo Representante da República para a Região Autónoma dos Açores, para além das referências aos agraciados deste ano (o Seminário Episcopal de Angra e o escritor João de Melo), foi ainda ocasião para uma série de considerações que deverão ser tomadas em conta por todos os mal aconselhados amanuenses, próceres partidários e seus actores institucionais – e pela opinião e vontade públicas dos cidadãos! – que novamente nesta crucial conjunção regional e nacional, vão ser chamados a intervir – tanto mais quanto se perfilham já nos horizontes eleitorais vizinhos opções que em muito determinarão a nossa vida colectiva (parlamentar, governativa, presidencial e jurídico-constitucional, mas também socioeconómica, cultural e político-ideológica) para os próximos anos, e em coincidência com exigentes, complexos e incertos desafios internos e (des)equilíbrios económico-financeiros e geoestratégicos europeus, atlânticos e mundiais.

– Ora é neste quadro realista e objectivo que deve ser lida, situada e reflectida a sensata, frontal e prevenida intervenção do Embaixador Pedro Catarino, não só na primeira e segunda partes do seu texto – respectivamente relativas ao historial da Autonomia (desde 1976 até hoje) e aos dois paradigmáticos e seleccionados juízos presidenciais (Jorge Sampaio e Cavaco Silva) sobre o modelo evolutivo e/ou já estabilizado da sua mesma arquitectura constitucional – estando aliás ambos fundamentados e bastamente obrigados a “concretizar as atribuições que a Constituição confere às Regiões” para “desenvolver no terreno os poderes que os órgãos de governo próprio possuem”, e aprofundando “a solidariedade entre as diferentes partes do todo nacional, num espírito de diálogo frutuoso entre os órgãos regionais e as autoridades da República” –, quanto logo depois no que se refere às recorrentemente ditas questões de bloqueio institucional ou estatutário, a par das (quase) obsessivas (e incautas!) investidas contra o estatuto e contra a própria existência da figura constitucional do Representante da República, questões igualmente ali abordadas e às quais voltaremos aqui.
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Em "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 16.06.2015):



























RTP-Açores:




























"Diário Insular" (Angra do Heroísmo (13,06.2015):



























e Azores Digital: