sábado, novembro 30, 2013


Artes & ofícios da FLAD

A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) é uma “instituição portuguesa”, “de direito privado”, “financeiramente autónoma” e tendo por missão “contribuir para o desenvolvimento de Portugal, através do apoio financeiro e estratégico à cooperação entre a sociedade civil portuguesa e americana”.


– Olvidando sucessivas reivindicações para que se inaugurasse aqui uma secção (“consular” ou adido “gabinete de negócios”), a FLAD continua porém a manter-se instalada apenas em Lisboa, embora (devido à diligente influência de Mário Mesquita) tenha vindo a aumentar presença e protocolos com e nos Açores (projectos de estudo, edições culturais e académicas, bolsas, fóruns, etc.).

Criada em 1985, a FLAD nasceu para promover relações Portugal-EUA, pelo que, dotada de cabedais financeiros e patrimoniais vastos – a partir de um pecúlio inicial (85 Milhões de Euros), constituído “através de transferências monetárias feitas pelo Estado Português, e provenientes do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA (1983)”, isto é, fundamentalmente, ao abrigo ou à sombra, da Base das Lajes! –, a Fundação declara viver, desde 1992, “exclusivamente do rendimento do seu património” (do qual consta uma “Colecção de Arte” e outros valores que recentemente reacenderam polémicas à volta de Machete e de velhos dissídios gestionários entre tutelares agentes e diplomáticos parceiros envolvidos nesta selecta agremiação).


Ora a FLAD, ao sabor de novos alinhamentos e agenciamentos político-governamentais luso-americanos, está em parto de profundas recomposições executivas, curadoras, técnicas e individualmente representativas, conquanto quase todas e todos ali se afigurem (ou não!?) pouco claros, definidos e justificados…

– E é por isto tudo, e porque o assunto diz respeito aos softmaterial andstrategic powers dos USA em Portugal (e nos Açores por maioria de razão e valias), que não podemos (ou não deveríamos) neste cenário continuar a figurar com máscaras dissimuladoras, ou (pior ainda) “de tanga”, tal como não deveríamos contentar-nos, pedintes e ignorantes, com os restos de não sei que hodierno discurso e pacote people-to-people!

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Em Jornal "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 30.11.2013):


Azores Digital:


RTP-Açores:



Jornal “Diário dos Açores” (Ponta Delgada, 03.12.2013):