Um Harakiri Universitário
A propósito da precária situação da Universidade dos
Açores (UAç) na ilha Terceira, João Maria Mendes publicou na sua página pessoal
do Facebook um vigoroso e pertinente testemunho cujo conteúdo, no essencial,
foi depois reforçado em Entrevista concedida ao DI (Cf. Anexo 1) na passada sexta-feira (dia 11).
– Todavia, logo naquele primeiro depoimento lia-se o seguinte:
– Todavia, logo naquele primeiro depoimento lia-se o seguinte:
“É lamentável o que estão a fazer
ao Pólo de Angra do Heroísmo da Universidade dita dos Açores. Será que a
destruição do Curso de Gestão que funciona em Angra tem mesmo de acabar?
“Ou serão os mesquinhos
interesses corporativos de certos luso-micaelenses que apenas têm como
objectivo ganhar a vidinha aqui por estas ilhas e satisfazer um bairrismo
serôdio de tudo concentrar e provocar o vazio à sua volta?
“Só há uma solução para este
ataque feroz (...), que passa pela fundação de uma Universidade totalmente
independente aqui na Terceira.
“As ilhas Canárias têm duas
Universidades. Porque não replicar a iniciativa aqui nos Açores?
“É claro que surgirá a velha,
decrépita e sempre decantada ‘unidade açoriana’ dos ‘Velhos do Restelo’ que por
aí ainda subsistem para negar este direito que a ilha Terceira tem de usufruir
de uma verdadeira Universidade e não de um apêndice raquítico gerido com as
migalhas que sobram do banquete...
“Já chega de atropelos,
menosprezo e achincalhamento por um Reitor que foi eleito por uma ‘unha negra’
e, quem sabe, sob a alta protecção da dama dos três pontinhos.
“Libertemo-nos deste jugo
pesadíssimo de uma Reitoria centralista, que tudo destrói à sua volta”.
– O assunto merece atenção crítica e deveria motivar acrescidas reflexões, tanto mais quanto outros (v.g. Álamo Meneses e Alfredo Borba) também defendem uma similar (?) “autonomização” (sic) da UAç, apesar da complexidade de tal projecto e das diferentes, díspares ou até contraditórias linhas e interesses que aí se cruzam hoje (como se cruzaram sempre, desde os tempos de Machado Pires, Vasco Garcia e Avelino Meneses até às últimas erupções na academia), embora tão magnífica sequência reitoral possa não corresponder exactamente ao declínio do lema original da casa (sicut aurora scientia lucet), de permeio com secessões, sucessões e remodelações vespertinas ou apenas proteladoras de um haraquiri político-académico prenunciado desde há muito tempo...
– O assunto merece atenção crítica e deveria motivar acrescidas reflexões, tanto mais quanto outros (v.g. Álamo Meneses e Alfredo Borba) também defendem uma similar (?) “autonomização” (sic) da UAç, apesar da complexidade de tal projecto e das diferentes, díspares ou até contraditórias linhas e interesses que aí se cruzam hoje (como se cruzaram sempre, desde os tempos de Machado Pires, Vasco Garcia e Avelino Meneses até às últimas erupções na academia), embora tão magnífica sequência reitoral possa não corresponder exactamente ao declínio do lema original da casa (sicut aurora scientia lucet), de permeio com secessões, sucessões e remodelações vespertinas ou apenas proteladoras de um haraquiri político-académico prenunciado desde há muito tempo...
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