As Famílias da Caixa
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Apesar das mudanças de paradigma,
nomenclaturas e categorias sistematizadas em Filosofia da Linguagem e nas pragmáticas
da Linguística – algumas outrora vertidas em programas escolares como heranças chomskianas para entendimento
de sintaxes, estruturas profundas da cognição e actos de fala (conquanto em
confronto de inatismos e construtivismos, e muitas delas subordinadas a modalidades
gerativas ou generativas – oscilando-se entre termos anglo-saxónicos e francesismos...
– recorde-se, com diagramas, árvores, sintagmas e indicadores) –, a verdade é
que continuam válidos conceitos e expressões bastante úteis para a compreensão
dos elementos, estruturas materiais e intencionais da Linguagem, da Língua e da
Fala, tal como se nota nos manuais e áreas específicas (Fonética, Morfologia,
Sintaxe, Semântica, Léxico, Discurso e Retórica) das Gramáticas em vigência.
Porém vem isto ainda a propósito analógico da provecta
classificação da formação de palavras
em parentela (palavras da mesma família),
por relação àquelas que têm a mesma raiz ou radical (dita “base nominal, adjectival
ou verbal”) associada a prefixos e
sufixos, sendo que tal processo também potencia o uso retórico e simbólico de novas
intenções significativas:
– É o caso de Caixa, onde depósito de caixinhas, caixotes de despudor, encaixes
de capital e desencaixotamento de
afrontas à Lei, ao Fisco, à Justiça e à Soberania dos mais altos órgãos do
Estado, continuam a marcar os caixas
em serviço político-partidário, conspurcando as mentes e as línguas do Governo
e da AR encaixilhadas pela serventia
da balbuciação e da dislexia ético-política
(e ideológica?!) de um BE rendido e avezado aos vícios do sistema
e regime estabelecidos, e de um PCP – até ele submisso e convertido? – encaixotando-se
agora com os neófitos “radicais
pequeno-burgueses”, e cheios ambos de “decalques e clichés” onde “existem
numerosas contradições” (quiçá tumbas
da História e da Democracia)...
E tudo isto acontece –
arrastando-se dia após dia este jogo de Rolha, Cabra-Cega ou Alta Barraca, com
novos documentos e episódios escondidos ou vendados sob a venda de situações de excepção, conluios ou cedência a
encobrimentos de desconfiar, e sem que ordem de despejo ou imediata revogação
de contratos milionários seja pedida ou pronunciada por ninguém... –, visto porventura
o felizardo PS como mal menor
(realmente um caixão de “socialistas”
menores!) nessa geringonça frentista que
tem servido (e bem!) para suposta “blocagem” a uma (outra) direita ou a um
(outro) centro-direita/esquerda indistintos, que os irá derrotar, cedo ou tarde,
então a todos, em conjunto!
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Em "Diário dos Açores" (Ponta Delgada, 22.11.2016):
e Azores Digital:
http://www.azoresdigital.com/colunistas/ver.php?id=3215.
1.ª versão em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 19.11.2016):
e Azores Digital:
http://www.azoresdigital.com/colunistas/ver.php?id=3215.
1.ª versão em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 19.11.2016):