As manchetes de Machete
O desenlace (ou sua continuação,
por meios alternativos…) do real ou
simulado conluio (conúbio ou
tácito acordo prático e de princípios, pressupostos ideológicos, afinidades
programáticas e sintonias jurídico-institucionais) do rocambolesco episódio irresponsavelmente gerado no próprio
seio do governo PSD/CDS-PP, entre outros efeitos quase inesperados, conquanto
mais ou menos previsíveis – se é que
não até sub-repticiamente induzidos
com cálculo preciso, naquilo e da forma como se constatou –, conduziu agora à sintomática,
última e significativa remodelação do executivo da coligação no poder em Portugal.
– E foi assim que tal remexida
político-partidária (muito para consumo e tentativa de apaziguamento internos) acabou levada (qual “farinha Amparo”…) das
mós da Lapa e do Caldas até Belém, onde acabou vendida e distribuída para todo um
atónito País (sob a forma de apadrinhados
pastéis de Belém…), e desde o Largo do Rato (onde coabitam Seguros e Pintos
de Sousa a mútuo prazo) até às nossas baías insulares (onde desembarcaram e
ainda pululam as mais desvairadas gentes)!
Todavia, de entre todos os nomes
recém ministriados, o que maior manchete
tornou a granjear foi certamente o de Rui Machete (Negócios Estrangeiros), o todo
poderoso e controverso ex-senhor da FLAD, de quem os norte-americanos, há dois
ou três anos apenas, diziam do piorio que imaginar se vira – conforme ainda se consegue
(re)ler aqui,
para já nem recontar o que Vamberto Freitas recordou dos seus tempos de
correspondente do DN na Califórnia…
– Mas seja como for, de todos os
ministros e secretários de Estado de Lisboa, não há dúvida que Rui Machete, a
par dos das Finanças e da Defesa (onde permanece Berta Cabral), há-de
certamente merecer dos Açores uma dialogada
atenção (e uma redobrada vigilância…),
ou não se cruzassem nos seus corredores nacionais e gabinetes internacionais
muitas das pistas, créditos, descréditos, rotas estratégicas e diplomáticas que
sobre as nossas Lajes se cruzam e descruzam!
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