O Ponto e os Contos
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O provérbio “Quem conta um conto
acrescenta um conto” é conhecido e usado por múltiplos actores e falantes em
diversos campos e instâncias, servindo em geral para significar ou querer dizer
que toda e qualquer história,
historieta ou narrativa – abonada
palavra da Linguística... – ao ser reproduzida
de mão e ouvido, ou de língua em língua, quando não ela mesma representação primeira ou procriação “langagière” (como diziam os semiólogos) de situações –,
sempre lhes ajunta, enquanto relato, algum pormenor (talvez) não
muito fiel, preciso ou exactamente traduzido como descrição de eventos através
desse inevitável meio.
Porém vem tudo isto agora mais a
propósito de uma daquelas medicinais
prestações de quem toma conta e receita mezinhas e contos para as graves maleitas da Saúde nos Açores, – tão
recordativas de outros proverbiais
aviamentos, desde o presente vesgo
ponto a outros paliativos e
improvisados cuidados e contos
antigos, que melhor dir-se-iam do vigário,
conforme a seu tempo ficarão para diagnóstico, então com maior peso e medida, das tamanhas,
entarameladas e anestésicas pontuações dos
cata-ventos governamentais!
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Em "Diário Insular" (Angra do Heroísmo, 19.09.2015):